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Capital mundial do livro: Strasbourg, 2024 e Rio, 2025

Desde 2001 a UNESCO nomeia uma capital do livro por ano. Há uma grande importância nesse título, pois nomear uma capital do livro por ano é reconhecer, segundo a UNESCO, a importância dos livros e da leitura como pilares para o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária, pacífica e sustentável. O engajamento inicial dessa iniciativa foi de lutar a favor da alfabetização, do aprendizado ao longo da vida, da liberdade de expressão e dos direitos autorais.


Esse programa nomeou a cidade de Madri pela primeira vez, em 2001. As cidades escolhidas devem propor atividades ao longo do ano para promover a leitura e divulgar os valores da Rede das Capitais mundiais do livro (RCML). A cidade escolhida inicia sua missão a partir do dia 23 de abril do ano em questão, até esse mesmo dia do ano seguinte. Tal data foi escolhida por ser o dia mundial do livro e dos direitos autorais.


As cidades que já ocuparam esse posto foram, até agora: Em 2001, Madri, Espanha; 2002, Alexandria, Egito; 2003, Nova Deli, Índia; 2004, Antuérpia, Bélgica; 2005, Montreal, Canadá; 2006, Turim, Itália; 2007, Bogotá, Colômbia; 2008, Amesterdão, Países Baixos; 2009, Beirute, Líbano; 2010, Liubliana, Eslovênia; 2011, Buenos Aires, Argentina; 2012, Erevan, Armênia; 2013, Banguecoque, Tailândia; 2014, Port Harcourt, Nigéria; 2015, Incheon, Coreia do Sul; 2016, Breslávia, Polônia; 2017, Conacri, Guiné; 2018, Atenas, Grécia; 2019, Sharjah, Emirados Árabes Unidos; 2020, Kuala Lumpur, Malásia; 2021, Tbilisi, Georgia; 2022, Guadalajara, México; 2023, Acra, Gana; 2024, Estrasburgo, França.


Durante esse ano de 2024, e até abril do ano que vem, a cidade que ocupa a posição central do mundo literário é a cidade francesa Estrasburgo. A escolha dessa cidade é muito simbólica, pois Estrasburgo se encontra no “centro” da Europa, isso porque depois da Segunda Guerra Mundial, Estrasburgo tornou-se uma das capitais europeias, sendo o símbolo da reconciliação entre França e Alemanha. É nela que encontramos o Conselho da Europa e o Parlamento Europeu. Ela sempre foi um ponto de encontro de culturas e ideias.

Além dessa grande importância no âmbito europeu, Estrasburgo é uma das cidades que tem o maior número de livrarias independentes na França: pelo menos 25 até o momento. A França conta com 3.700 livrarias independentes, um número que tem aumentado desde 2019, segundo o Sindicato da Livraria Francesa. 


Como Capital Mundial do Livro, a cidade aproveitará o seu legado literário e sua posição geográfica única para criar um programa inclusivo que tem como objetivo refletir sobre a diversidade e a riqueza das vozes literárias contemporâneas. Conferências, debates e oficinas serão organizados ao longo do ano para promover a leitura em todas as suas formas, desde crianças pequenas até adultos, passando por comunidades marginalizadas.


No ano que vem, a cidade que levará o título de capital mundial do livro será, pela primeira vez, brasileira. O Rio de Janeiro representará a literatura mundial: a UNESCO reconheceu que o Rio demonstra a importância de seu patrimônio literário, e também conta com um plano de ação para promover a literatura, a sustentabilidade do mercado editorial e a leitura entre os jovens, aproveitando as tecnologias digitais. Além de ser a primeira nomeação do Brasil, essa é a primeira vez que uma cidade de língua portuguesa é nomeada Capital Mundial do Livro, então a responsabilidade é grande!!



Segundo Audrey Azoulay, diretora geral da UNESCO, 


“Os livros são veículos essenciais para acessar, transmitir e promover a educação, a ciência, a cultura e a informação em todo o mundo. Graças aos livros, nós nos mantemos informados, nos divertimos e somos capazes de entender melhor o nosso mundo. É por isso que, todos os anos, a UNESCO designa uma Capital Mundial do Livro. Depois de Acra, em 2023, e Estrasburgo, em 2024, eu tenho o prazer de anunciar a nomeação do Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro para 2025.”

Diversas são as propostas de ações do Rio em 2025, dentre elas, a reforma de salas de leitura e bibliotecas, chamadas Bibliotecas do Amanhã, além disso, artistas serão convidados para realizarem instalações artísticas pela cidade, sendo o livro o objeto principal dessas instalações, que será chamado de Book Parade. Será realizada a Noite dos Livros, na qual 24 horas de palestras, competições, apresentações musicais, workshops, entre outros serão realizados. Também está programado o Livro no trilho, iniciativa que espalhará obras literárias no metrô. Enfim, esses são apenas alguns dos inúmeros exemplos de iniciativas que serão realizadas na cidade carioca no ano que vem. O que será, sem dúvidas, um grande presente para o nosso país.


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